Acompanhando as notícias do Mundial de Judô do Rio, que acontece no Maracanãzinho, deparei-me com uma informação interessante sobre as lesões do esporte, principalmente nas articulações e ligamentos. Os atletas que defendem a Seleção Brasileira se deixaram fotografar exibindo, até com certo carinho, as marcas de sua trajetória de vida praticando o judô. São dedos tortos, articulações inchadas e pés que mais parecem saídos de algum desenho animado, demonstrando que o esporte profissional não é moleza e a convivência com a dor é bem rotineira.
Longe de ser algo saudável, pouco recomendado pela medicina, chega a ser impressionante saber que até mesmo as mulheres, que adoram os cuidados com a beleza, não ligam as deformidades adquiridas nas mãos e nas orelhas para alcançar a perfeição da técnica e da forma física que levam o atleta até a medalha de ouro. Por outro lado, o esporte se torna um estilo de vida e isso é inspirador.
A matéria destaca o atleta Eduardo Santos. Ele faz parte da Seleção e disputa a categoria médio (até 90kg). Eduardo diz que já operou os ligamentos e a placa plantar do pé direito. Ele usa esparadrapos para unir os dedos, pois já tem outro ligamento rompido por ali e mais uma cirurgia é necessária.
A medicina esportiva é interessante por conta dessas aventuras que os médicos vivem junto com os atletas. No caso de Eduardo Santos, se ele não estivesse disputando um título mundial, a recomendação seria repouso imediato. Não estaria liberado nem para uma pelada com os amigos. Claro que se trabalha com o ponderável, se a lesão comprometesse a integridade física do atleta ele seria vetado. Por sinal, Eduardo só entrou na equipe após o corte de Tiago Camilo.
Mais detalhes e fotos dos atletas e suas marcas no corpo na página do G1. Parabéns aos repórteres Thierry Gozzer e Raphael Andriolo pela sensibilidade e percepção de detalhes tão imperceptíveis.